A ministra Cármen Lúcia, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), anunciou que os servidores da Corte passaram o mês de julho fazendo testes e auditorias nas urnas eletrônicas que serão utilizadas nas eleições municipais deste ano – foco dos trabalhos do tribunal neste segundo semestre .
O anúncio foi feito durante a sessão de reabertura do TSE na manhã desta quinta (1º), após o recesso do Poder Judiciário. O Supremo Tribunal Federal (STF), do qual ela também faz parte, retoma os trabalhos à tarde.
A ministra afirmou que o TSE já realizou e vem realizando “todas as disposições e testes de campo que são necessários em todos os estados brasileiros para que a gente tenha neste período, que é agora de ultimação das medidas que são permitir de serem impostas para que tenhamos uma eleição democrática, segura, com urnas auditadas, com segurança absoluta para as eleições exercerem livremente o seu direito de voto”.
Ela ainda apontou que esse é um trabalho “para que a gente tenha este pleito eleitoral como mais um que o Brasil demonstre ser modelo para as democracias de todo o mundo”.
Cármen Lúcia afirmou que esta retomada dos trabalhos do TSE ocorre a 65 dias das eleições municipais e que os julgamentos da Corte neste segundo semestre “serão feitos considerando este momento”. É ela quem estará à frente do TSE nas eleições legislativas brasileiras deste ano.
A declaração sobre as auditorias nas urnas foi um recado direto ao ditador venezuelano Nicolás Maduro que questionou, na semana passada, a lisura das urnas eletrônicas brasileiras – não foram preenchidas auditorias, disse defendendo as da Venezuela, que passaram por 16 verificações.
A fala de Maduro fez com que Cármen Lúcia cancelasse a viagem de dois técnicos do TSE para acompanharem a votação venezuelana no último domingo (28), que tem fortes promessas de fraude.
As eleições legislativas brasileiras deste ano serão realizadas nos dias 6 e 27 de outubro, primeiro e segundo turno, respectivamente, para eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em 5.568 cidades.