sábado, outubro 5, 2024
InícioPOLITICAPressionado por países vizinhos, Maduro pede conversa com Lula

Pressionado por países vizinhos, Maduro pede conversa com Lula



O regime de Nicolás Maduro acionou o governo brasileiro, nesta quarta-feira (31), por meio do embaixador venezuelano no país, Manuel Vadell, solicitando uma conversa por telefone com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um aliado histórico.

De acordo com informações primeiramente divulgado pelo Globoo contato ainda não tem hora marcada, mas deve acontecer nesta quinta-feira (1º).

Segundo as fontes consultadas pelo jornal, Lula e Maduro poderiam ter se falado ainda nesta quarta-feira, mas a agenda do presidente brasileiro estaria cheia.

Lula ainda não reconheceu o resultado anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que deu vitória ao ditador chavista no dia da votação, no domingo (28). O governo brasileiro informou que aguardava a divulgação das atas eleitorais para então se posicionar.

A CNE ainda não exibiu as atas de votação para aprovar ou não a vitória de Maduro nas eleições e o site do órgão eleitoral segue fora do ar desde o último domingo. Segundo a CNE, Maduro teve 51% contra 44% de Ernesto González, principal candidato da oposição.

Na terça-feira (30), Lula se manifestou pela primeira vez sobre o pleito presidencial da Venezuela, afirmando que estava “convencido” de que o processo eleitoral na Venezuela foi “normal” e “tranquilo”.

Na ocasião, o petista defendeu a apresentação das atas eleitorais para “resolver a briga”, mas minimizou as suspeitas em torno da vitória do ditador Nicolás Maduro.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, outro aliado histórico de Maduro, questionou nesta quarta-feira (31) os resultados das eleições presidenciais na Venezuela, afirmando que existem “sérias dúvidas” a apuração do pleito. Ele pediu transparência eleitoral e que Maduro aceitou o resultado, “seja qual for”.

Ainda nesta quarta, uma resolução da Organização dos Estados Americanos (OEA) exigindo que as autoridades da Venezuela divulgassem imediatamente as atas das eleições de domingo (28) não conseguiram obter o apoio necessário para serem aprovadas depois que países como Brasil, Colômbia e México se abstiveram.

O documento ainda defende a necessidade de uma verificação abrangente dos resultados a ser realizada na presença de organizações de observação independentes para garantir a transparência, a revisão e a legitimidade dos resultados.

O regime chavista fez com que Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai retiraram “imediatamente” seus representantes diplomáticos do território venezuelano, em represália por terem expressado preocupação com os resultados divulgados pela CNE.

O Palácio do Planalto foi exigido pela Gazeta do Povo sobre a questão. Ainda não houve retorno. A matéria será atualizada com a resposta.



GAZETA

ARTIGOS RELACIONADOS
- Advertisment -

Mais popular