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EUA processam TikTok por ocultação de privacidade infantil – 02/08/2024 – Mercado


O Departamento de Justiça dos Estados Unidos processei o TikTok Nesta sexta-feira (2), acusando-o de coletar ilegalmente dados de crianças e intensificando uma longa batalha entre o governo dos EUA e o aplicativo de propriedade chinesa.

De acordo com a sinceridade, o TikTok corta a lei ao coletar informações pessoais de usuários com menos de 13 anos sem permissão de seus pais. O governo americano diz que a empresa permitiu deliberadamente que crianças com menos de 13 anos criassem e usassem contas no TikTok e frequentemente deixassem de atender aos pedidos dos pais para excluir as contas de seus filhos.

A ação judicial, apresentada em um tribunal federal na Califórnia, disse que essas práticas violaram tanto a Lei de Proteção à Privacidade Online das Crianças, lei que restringe o rastreamento online de crianças, quanto um acordo de 2019 entre o TikTok e o governo no qual a a empresa se comprometeu a notificar os pais antes da coleta de dados de crianças e remover vídeos de usuários com menos de 13 anos.

A ação, que também inclui a ByteDance, empresa dona do TikTok, pede que o tribunal multe as empresas pelas conhecidas. O governo disse na permissão que estava processando para “encerrar as invasões em larga escala e ilegais à privacidade das crianças pelo TikTok”.

“Discordamos dessas discussões, muitas das quais se referem a eventos passados ​​e práticas que são factualmente imprecisas ou já foram abordadas”, disse Alex Haurek, porta-voz do TikTok, em um comunicado. “Estamos orgulhosos de nossos esforços para proteger as crianças e continuaremos a atualizar e melhorar a plataforma.”

O processo é o confronto mais recente entre o governo americano e o TikTok, que afirma ter mais de 170 milhões de usuários nos EUA. No início deste ano, o presidente Joe Biden assinar uma lei que forçaria a venda ou a aprovação do aplicativo até o final de janeiro por questões de segurança nacional, e o TikTok processou para impedir o plano.

Separadamente, legisladores e reguladores acusaram o aplicativo de criar um ecossistema online que coloca as crianças em risco. Em janeiro, senadores questionaram o CEO do TikTok, Shou Chew, ao lado de outros executivos de tecnologia, sobre preocupações com a segurança online. O TikTok é o segundo site de mídia social mais popular entre os adolescentes depois do YouTube, com 58% dos jovens dizendo que o visitam diariamente, de acordo com o Pew Research Center.

O TikTok diz que designou milhares de funcionários e bilhões de dólares para tornar sua plataforma segura de uso. Em janeiro, Chew disse aos legisladores que pessoas com menos de 16 anos no TikTok não tinham acesso a mensagens diretas e que suas contas eram automaticamente definidas como privadas. Ele também disse que apenas usuários do TikTok com 18 anos ou mais poderiam fazer isso ao vivo.

“Acredito firmemente que a responsabilidade mais fundamental de nossa indústria é fornecer um espaço online seguro e protegido para nossa comunidade”, disse ele aos legisladores.

A ação judicial é o resultado de uma longa investigação da FTC (sigla em inglês para Comissão Federal de Comércio) sobre as práticas do TikTok com menores. A permissão afirmou que milhões de usuários dos EUA do TikTok tinham menos de 13 anos, citando uma análise interna da empresa de mídia social.

Algumas das novidades da ação derivam de uma iniciativa do TikTok chamada “Modo Infantil”, configuração para menores de 13 anos que, segundo a empresa, limita a coleta de dados e oferece vídeos selecionados para crianças.

Na sinceridade, o Departamento de Justiça disse que mesmo quando os usuários do TikTok foram logados com essa configuração, o aplicativo coletava seus endereços de e-mail e outras informações pessoais. O governo disse que o TikTok compilou informações sobre crianças com base em dados como endereços IP e informações exclusivas de seus dispositivos, e então compartilhou parte desses dados com o Facebook e uma empresa de marketing para atrair jovens usuários de volta ao aplicativo após a queda no uso.

A lei de privacidade das crianças diz que a coleta de tais dados só pode ser feita para apoiar operações internacionais. A empresa também falhou em verificar se usuários menores de idade estavam na plataforma, disse o governo. O documento diz que representantes do TikTok que revisavam contas gastavam, em média, de cinco a sete segundos avaliando se cada perfil pertencia a uma criança, e a equipe de moderação de conteúdo que supervisionava a identificação e exclusão de contas de menores de 13 anos era, pelo menos por um período, de menos de 24 pessoas.

A ação diz que os próprios funcionários do TikTok levantaram preocupações sobre suas práticas com contas de crianças menores de idade e desafios na exclusão dos perfis.

O governo também disse que o TikTok citou um acordo que havia feito com a FTC sobre transparência de privacidade em 2019. Na época, a agência acusou o aplicativo de dublagem e dança Musical.ly—que foi adquirido e combinado com o TikTok—de violar a lei ao coletar informações pessoais sobre crianças menores de 13 anos.

O TikTok chegou a um acordo com a FTC sobre as discussões naquele ano, pagando uma multa recorde de US$ 5,7 milhões e concordando em remover vídeos feitos por crianças menores de 13 anos. Também foi informado que a FTC poderia realizar investigações de acompanhamento para garantir que cumprisse os termos do acordo.

A FTC disse em um comunicado de junho que havia investigado o TikTok por possíveis evidências de seu acordo legal anterior, bem como adicionais da Lei de Proteção à Privacidade Online das Crianças. O caso foi encaminhado ao Departamento de Justiça e levou à ação judicial apresentada nesta sexta-feira.



FOLHA DE SÃO PAULO

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