O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, levanta a mão durante uma grande reunião de apoiadores em 18 de julho de 2024 em Caracas, Venezuela.
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Os Estados Unidos reconheceram na quinta-feira o oponente do presidente venezuelano Nicolás Maduro e candidato da oposição, Edmundo Gonzalez, como o vencedor da disputada eleição presidencial da Venezuela, rejeitando a alegação de vitória de Maduro.
“Dadas as evidências esmagadoras, está claro para os Estados Unidos e, mais importante, para o povo venezuelano, que Edmundo Gonzalez Urrutia obteve a maioria dos votos nas eleições presidenciais da Venezuela em 28 de julho”, disse o Secretário de Estado dos EUA. Antônio Blinken disse em um comunicado na quinta-feira.
O anúncio de Washington não foi além de parabenizá-lo por uma “campanha bem-sucedida”, o mais próximo que os EUA chegaram desde a eleição contestada de domingo de reconhecer Gonzalez como o novo líder do país da OPEP.
A disputa sobre os resultados das eleições presidenciais gerou protestos na Venezuela. O conselho eleitoral da Venezuela proclamou Maduro, que está no poder desde 2013, o vencedor da eleição de 28 de julho com 51% dos votos.
Mas a oposição do país diz que sua contagem de cerca de 90% dos votos mostra que Gonzalez recebeu mais que o dobro do apoio do presidente em exercício, de acordo com uma pesquisa independente realizada antes da disputa.
A oposição divulgou contagens detalhadas em um site público, enquanto o governo até agora não compartilhou nenhuma informação além do total nacional de votos para cada candidato.
A declaração de Blinken na quinta-feira não chegou a ameaçar novas sanções à Venezuela, mas ele sugeriu uma possível “ação punitiva”. A Reuters informou na terça-feira que Washington estava considerando novas sanções após a eleição contestada.
“Apoiamos totalmente o processo de restabelecimento das normas democráticas na Venezuela e estamos prontos para considerar maneiras de reforçá-lo em conjunto com nossos parceiros internacionais”, disse Blinken.
Blinken também pediu que os líderes da oposição sejam protegidos e mantidos em segurança.
“As forças de segurança e policiais não devem se tornar um instrumento de violência política usado contra cidadãos que exercem seus direitos democráticos”, disse ele.
Os presidentes do Brasil, México e Colômbia pediram que a Venezuela divulgasse apurações detalhadas dos votos na quinta-feira em meio à disputa sobre os resultados das eleições presidenciais.