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Acompanhe a cotação do dólar e sessão da Bolsa hoje (5) – 08/05/2024 – Mercado


O dólar abriu em forte alta nesta segunda-feira (5), com investidores temendo uma recessão na economia dos Estados Unidos.

Por volta das 9h20, a divisa norte-americana subia 1,57%, cotada a R$ 5,8 mil, em meio a um cenário de aversão ao risco generalizado. Na máxima da sessão, chegou a R$ 5.865. Outras moedas de países emergentes também se desvalorizaram, como o rand sul-africano e o peso mexicano.

Os mercados globais cresceram pressionados pela desaceleração da economia dos Estados Unidos. A Bolsa do Japão despencou mais de 12%, no pior resultado em um dia em 37 anos, na queda que se estendeu por outros índices asiáticos.

Na Coreia do Sul, o Kospi perdeu 8,8%; em Taiwan, o índice Taiex derreteu 8,35%. Em Singapura, a Bolsa se desvalorizou 4,07%, enquanto o S&P/ASX australiano teve perda de 2,5%. O Sensex da Índia perdeu 2,6%.

Na Europa, o índice STOXX 600 abriu com queda de 3,1%, atingindo o nível mais baixo desde 13 de fevereiro. O valor de referência configurou o pior dia em 2 anos de meio.

“O sentimento dos investidores foi afetado por dados de emprego nos EUA inferiores ao esperado em julho, aumentando os recebimentos de que a economia dos EUA desacelerará mais do que o previsto”, explicou a corretora IwaiCosmo Securities.

A folha de pagamento mostrou que os EUA alcançaram 114 mil vagas no mês passado, ante expectativa de 175 mil, e a taxa de desemprego cresceu para 4,3%, quando os agentes financeiros esperavam manutenção em 4,1 %.

Os novos dados acionaram a chamada Regra de Sahm, que vincula o início de uma recessão ao momento em que a média móvel de três meses da taxa de desemprego sobe pelo menos 0,5 ponto percentual acima do mínimo de 12 meses. Em agosto do ano passado, o índice estava em 3,8%, o que coloca a taxa atual exatamente no gatilho.

O payroll vem na esteira da manutenção dos juros na taxa de 5,25% e 5,50% pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) na última quarta-feira (31). A decisão já era extremamente esperada, mas o comunicado de que a sucedeu deu fôlego à tese de que a autarquia poderá iniciar o ciclo de afrouxamento monetário já no próximo encontro, em setembro.

Com os novos números, a tese se tornou uma aposta unânime entre os agentes financeiros. E, se antes havia uma dúvida sobre a possibilidade de corte, agora a discussão é sobre a magnitude.

Alguns dos grandes bancos de Wall Street, como JPMorgan e Citigroup, revisaram as soluções para o ano, antecipando, agora, um corte de 0,50 ponto percentual na taxa de juros na próxima reunião.

“Estou relutante em acreditar que o Fed começaria o processo de flexibilização com um corte de 50 pontos percentuais, mas se as próximas sete semanas forem de dados semelhantes com os da semana passada, o Fed deveria ser agressivo”, disse Ronald Temple, estrategista- chefe de assessoria financeira Lazard.

Os temores de uma recessão na maior economia do mundo também afetaram os mercados na sexta-feira (2). Na sessão marcada por alta volatilidade, o dólar fechou em queda de 0,44%, para R$ 5,709, um dia depois de atingir R$ 5,734, a maior cotação desde 21 de dezembro de 2021.

A moeda norte-americana oscilou entre os sinais e chegou a atingir o máximo de R$ 5.793, até firmar queda no final da tarde.

Já a Bolsa recuou 1,21%, para 125.854 pontos. O Ibovespa acompanhou os índices de Wall Street e foi pressionado por uma forte queda nos papéis da Petrobras, afetada pelo recuo dos preços do barril de petróleo no exterior.



FOLHA DE SÃO PAULO

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