terça-feira, outubro 8, 2024
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Líder da oposição venezuelana diz que Lula teve “posição nítida” de exigir atas



A líder da oposição na Venezuela, Maria Corina Machado, afirmou neste final de semana que o governo brasileiro e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tiveram uma “posição nítida” ao exigir a divulgação pública das atas de votação da eleição do país.

O governo do ditador Nicolás Maduro vem se recusando a apresentar os boletins de urna mesmo sob a exigência brasileira e de outros países das Américas e da Europa. As atas que a oposição venezuelana teve acesso completo dariam vitória a Edmundo Gonzaléz Urrutia.

“Como venezuelana, fico muito agradecida pela resposta de alguns governos, de alguma maneira próxima a Maduro –como Brasil, Colômbia e México–, e que assumiram posições muitas firmas para que a verdade eleitoral seja conhecida. agradecimento a posição nítida do governo do Brasil e do presidente Lula, ao exigir que se divulguem os boletins, um a um”, disse Maria Corina à TV Globo neste final de semana.

O governo brasileiro vem sendo constantemente cobrado pela oposição a Lula para se posicionar mais claramente sobre a reeleição questionada de Maduro, proclamada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), ou equivalente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sem apresentar as atas da votação. Segundo o órgão, Maduro vendeu a eleição com 51,2%, enquanto que Urrutia recebeu 44,2%.

Na última quinta (1º), o Brasil emitiu uma nota conjunta com a Colômbia e o México pedindo que a Venezuela divulgasse as atas de votação após “controvérsias sobre o processo eleitoral”.

Em um tom diplomático, o Ministério das Relações Exteriores faz um “chamado às autoridades eleitorais da Venezuela para que avancem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados pela mesa de votação”.

“As controvérsias sobre o processo eleitoral deverão ser dirimidas pela via institucional. O princípio fundamental da soberania popular deve ser respeitado mediante uma verificação imparcial dos resultados”, pontuaram as três nações.

A mensagem ainda faz um chamado aos “atores políticos e sociais” a terem cautela nas manifestações públicas que os fazem, para evitar uma escalada de episódios violentos.



GAZETA

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