A sonda lunar Chang’e 6 e o foguete transportador Longa Marcha-5 Y8 estão no topo da plataforma de lançamento no Local de Lançamento Espacial de Wenchang, na província de Hainan, China, em 3 de maio de 2024.
Eduardo Baptista | Reuters
Na terça-feira, a China lançou seu primeiro lote de satélites de internet que farão parte de uma constelação que ela espera rivalizar com a Starlink da SpaceX.
Conhecida como “Mil Velas”, a constelação é um conjunto de mais de 15.000 satélites em órbita baixa da Terra que, segundo a China, criarão cobertura global de internet.
Um foguete transportador Longa Marcha 6A decolou do centro de lançamento de Taiyuan, na província de Shanxi, no norte da China, para lançar os 18 satélites iniciais ao espaço, de acordo com a Academia Chinesa de Ciências, que classificou a missão como um sucesso completo.
Até 2025, a China pretende implantar 648 satélites na primeira fase de construção da constelação, a fim de criar uma rede de internet com cobertura global, de acordo com a mídia estatal CCTV.
A constelação da China é conhecida como um conjunto de satélites de órbita baixa da Terra — ou LEO — que visam fornecer cobertura de internet. Dois nomes de alto perfil no espaço são Starlink, desenvolvido pela SpaceX de Elon Musk, e OneWeb, que é propriedade da empresa europeia Eutelsat.
O lançamento de uma constelação de internet ressalta as grandes ambições espaciais da China e a tentativa de Pequim de desbancar o domínio dos EUA no setor, à medida que a batalha tecnológica entre as duas nações se expande.
Em 2020, a China concluiu a rede BeiDou — um conjunto de satélites que formam um sistema de navegação global para rivalizar com o Sistema de Posicionamento Global (GPS) do governo dos EUA, amplamente utilizado em todo o mundo.
Em junho deste ano, a sonda lunar chinesa Chang’e-6 retornou à Terra na terça-feira, trazendo de volta as primeiras amostras do lado distante inexplorado da lua. Pequim também apresentou planos para enviar sua primeira missão tripulada a Marte em 2033.