Nesta terça-feira (6), o Ministério das Comunicações (MCom) publicou uma nota oficial em que pede desculpas por ter usado a imagem icônica do pódio da medalhista olímpica Rebeca Andrade em uma propaganda do governo.
Rebeca ganhou a medalha de ouro no solo e se tornou a maior medalhista brasileira na história dos Jogos Olímpicos.
Ao subir no pódio para receber a premiação, a atleta foi reverenciada pelos atletas estadunidenses Simone Biles e Jordan Chiles, que se curvaram diante do brasileiro.
Uma foto do momento em que a brasileira foi reverenciada virou uma das imagens icônicas da Olimpíada de Paris e viralizou nas redes sociais.
Aproveitando-se da repercussão da foto, o Ministério das Comunicações fez uma publicação em suas redes sociais alterando a imagem do atleta pela logomarca do Programa Computadores para Inclusão, do governo federal.
Após ser alvo de críticas pela montagem, o MCom apagou a publicação original e disse que a postagem não foi “adequada” e deu “margem para interpretações que não condizem com o sentimento e trabalho do governo”.
“Pedimos sinceras desculpas ao atleta e a todos os brasileiros e brasileiras pela postagem, especialmente às mulheres pretas, que estão tão bem representadas no pódio de Rebeca Andrade”, disse o MCom na nota.
“O objetivo foi fazer uma publicação relacionada a políticas públicas com as Olimpíadas, assim como já tinha sido feita com a foto icônica de Gabriel Medina, cujo meme circulou no Brasil. A própria legenda explicava que a pasta reverencia Rebeca e tem ela como inspiração”, diz outro trecho da nota.
Uma nova publicação foi feita em substituição à primeira, desta vez sem excluir o atleta da foto.
Apesar da representação, a nova publicação também foi feita com intuito publicitário para o governo, já que a nova montagem traz novamente as logomarcas de programas do governo executados pelo Ministério.
“Esse é o post. Todos nós do Ministério das Comunicações reverenciamos Rebeca Andrade. Todos os brasileiros e brasileiras se sentiram honrados por Rebeca, mas, principalmente, cada mulher preta brasileira subiu junto no topo do pódio com ela. Rebeca não só entrou pra nossa história, ela é a nossa história”, escreveu o MCom na nova publicação.