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Alimentos: preços têm maior queda desde 2017, diz IBGE – 08/09/2024 – Mercado


Depois de nove meses consecutivos em alta, os preços do grupo alimentação e bebidas registraram queda (deflação) de 1% em julho no Brasil, apontada nesta sexta-feira (9) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A redução é a mais intensa em quase sete anos, desde agosto de 2017. À época, a baixa havia sido de 1,07%. Os dados integram o índice oficial de inflação do país, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

O comportamento da alimentação contrasta com o IPCA em termos gerais, que acelerou o ritmo de alta para 0,38% em julhomostrando piora na sua composição, conforme analistas.

No caso dos alimentos, a maior oferta de produtos no mercado ajudou a reduzir os preços no mês passado, disse André Almeida, gerente da pesquisa do IPCA.

O IBGE ressaltou as baixas do tomate (-31,24%), da cenoura (-27,43%), da cebola (-8,97%), da batata-inglesa (-7,48%) e das frutas ( -2,84%). Do lado das altas, destacam-se o café moído (3,27%), o alho (2,97%) e o pão francês (0,67%).

“O início do ano possui uma alta incidência de chuvas, temperaturas mais altas, o que acaba prejudicando a produção dos alimentos de maneira geral. Quando a gente vai chegando ao meio do ano, as temperaturas são mais amenas, o índice de chuvas diminui” , afirmou Almeida.

“Isso acaba contribuindo para a produção de alimentos, principalmente de alimentos de hortifrúti. De maneira geral, uma maior oferta contribuiu para a queda no mês de julho”, acrescentou.

De outubro de 2023 a junho de 2024, o grupo de alimentação e bebidas acumulou inflação de 6,87% no país, segundo o IBGE.

Em meio a esse período, o Rio Grande do Sul amargou enchentes de proporções históricas. Como enxurradas devastaram propriedades rurais na virada de abril para maio, com reflexos na inflação dos alimentos.

No IPCA de julho, porém, não houve um “efeito predominante” da calamidade vívida pelo estado, disse Almeida.

Conforme o pesquisador do IBGE, é preciso aguardar para analisar possíveis impactos de quebras de safra e perdas de qualidade apenas no médio e longo prazos.



FOLHA DE SÃO PAULO

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