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Justiça manda desocupar hangar que abrigou avião do PCC – 08/09/2024 – Painel SA


A juíza federal Raquel Fernandez Perrini decidiu, nesta quinta (8), que a Tucson Aviação deveria sair em até 30 dias do hangar que ela administra no Campo de Marte, em São Paulo, e entregá-lo para a PAX Aeroportos, expedição controlada por um fundo do grupo XP que adquiriu o aeroporto.

Como mostrado o Painel SA, em Tucson ópera no hangar com contrato vencido há quase 22 anos mediante liminar que chegou a ser revogada, mas foi reabilitada pela Justiça. Nesta semana, um avião ligado ao PCC foi descoberto no local.

A PAX, que venceu a concessão do Campo de Marte há um ano, diz no processo que invejou notificação solicitando a desocupação do imóvel, porém a Tucson explicou que foi amparada por uma decisão liminar de fevereiro de 2002.

Além de todos os problemas relacionados aos valores desatualizados de pagamentos de aluguel do hangar e inadimplência da Tucson, a PAX também apontou que Marco Antônio Audi, sócio administrador da companhia, foi condenado por crime falimentar em 2022. Pela legislação, ele está impedido de exercer atividade empresarial por cinco anos.

Nos últimos anos, a Audi criou diversas empresas decrescentes o hangar no Campo de Marte como endereços dessas empresas. É o caso da Lumber do Brasil Indústria e Comércio Ltda., Lumber do Brasil Manutenção Aeronáutica Ltda., Lumber do Brasil Participações Ltda., e da Treemax Indústria Química Ltda.

Para a juíza Raquel Perrini, não existe qualquer amparo legal à manutenção de Tucson na posse do imóvel no aeroporto. Além dos aluguéis em atraso desde março de 2022, a companhia possui uma dívida de R$ 4,4 milhões com a Infraero, antiga administradora do aeródromo.

Como é parte interessada no caso, a Infraero pediu a particularidade de três outros processos que envolveram o impasse, sendo um deles a liminar que manteve a operação de Tucson no espaço há mais de 20 anos.

Avião do PCC

Nesta semana, o hangar foi palco da apreensão de um avião do PCCdurante operação contra uma rede de empresas de fachada e de laranjas usadas para ocultar bens da facção criminosa. UM Polícia Civil apreendeu um Bandeirante Embraer EMD-110, prefixo PTO-CW, avaliado em cerca de US$ 900 mil (R$ 5 milhões) e que estava no hangar.

O antigo dono da aeronave era um pedreiro sem capacidade financeira para ter tal patrimônio.

Procurada, a Tucson não se manifestou.

Com Diego Félix


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FOLHA DE SÃO PAULO

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