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Monitorar seus gastos pode custar caro: o verdadeiro ganho está no controle – 08/08/2024 – De Grão em Grão


Muitos acreditam que monitorar os gastos pessoais é a chave para uma vida financeira equilibrada. Porém, a verdade é que monitorar não significa controlar. Monitorar os gastos gera mais estresse do que resultado. Enquanto monitora, envolve acompanhar as despesas, controlá-las exige uma atitude mais proativa e disciplinada.

Imagine alguém que usa uma ferramenta para registrar cada centavo gasto. Embora isso pareça um passo positivo, pode facilmente se tornar uma armadilha. Uma pessoa passa horas categorizando despesas, mas falha em tomar decisões para reduzir os gastos desnecessários. Muito adiam o início da poupança porque investirá que uma ferramenta de monitoramento resolverá tudo. No entanto, esse adiamento é uma desculpa para evitar o verdadeiro desafio: controlar os gastos.

Monitorar é importante, mas é um processo trabalhoso e, muitas vezes, feito de maneiras inconvenientes. Pequenos gastos diários, como aquele café extra ou a compra por impulso, são facilmente esquecidos ou subestimados. No entanto, são esses pequenos vilões que, somados, podem comprometer o orçamento.

A situação é semelhante ao monitoramento de calorias para emagrecer. Muitas pessoas acreditam que vem de forma saudável, baseando-se apenas nas principais refeições do dia. Porém, desconhecem os petiscos e lanchinhos consumidos ao longo do dia, que acabam sabotando seus esforços. Com os gastos, o cenário é semelhante.

O mais importante é aprender a controlar os gastos. Na analogia com a alimentação, isso equivale a fechar a boca; no âmbito financeiro, é costurar o bolso. Para cada gasto, por menor que seja, deve-se refletir sobre sua real necessidade. Aquela peça de roupa que parece inofensiva no momento, ao ser somada a outras compras, pode representar um grande impacto no orçamento.

Mudar hábitos é essencial. Assim como uma dieta exige disciplina, o controle financeiro exige mudanças comportamentais. O resultado disso é claro: no controle alimentar, a recompensa é uma saúde melhor; sem controle financeiro, é uma maior estabilidade e longevidade do dinheiro. Com o tempo, essa disciplina se traduz em uma saúde financeira robusta, que garante uma vida mais tranquila e segura.

Miguel Viriato é avaliador de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor.

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FOLHA DE SÃO PAULO

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