sábado, outubro 5, 2024
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prazo para Venezuela divulgar atas já expiradas


Protesto de venezuelanos radicados na Espanha contra o ditador Nicolás Maduro, em Madri, na quarta-feira (7)
Protesto de venezuelanos radicados na Espanha contra o ditador Nicolás Maduro, em Madri, na quarta-feira (7)| Foto: EFE/Daniel González

Um grupo de 32 ex-chefes de governo lembrou nesta sexta-feira (9) aos governos do Brasil, México e Colômbia que o prazo para que as autoridades eleitorais da Venezuela apresentem os resultados das últimas eleições presidenciais já “está mais do que vencido” .

Os ex-líderes, que fazem parte da Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (Idea), acrescentaram no comunicado que agora cabe a estes governos “tomar uma posição clara e definitiva contra a tirania do [ditador venezuelano] Nicolás Maduro”.

Eles enfatizaram que, enquanto ocorre esse atraso, uma “onda de repressão e sequestro de membros das forças democráticas, assim como divulgadas e sistemáticas dos direitos humanos contra o povo venezuelano”, continua no país sul-americano.

Os ex-líderes parabenizaram as declarações dos ministros das Relações Exteriores do Brasil, México e Colômbia sobre o dever do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela de mostrar de forma transparente os resultados das eleições presidenciais de 28 de julho.

Enfatizaram que os ministros das Relações Exteriores dos países declararam que “o mandato para tornar as atas eleitorais transparentes é dever do Poder Eleitoral e deve ser selecionado por um órgão imparcial” e não pelo Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela.

Há alguns dias, Maduro, que a CNE declarou vencedor com 51% dos votos sobre o oponente Edmundo González, pediu ao mais alto Órgão da Justiça venezuelano que revisasse o processo eleitoral.

Os ex-presidentes também destacaram uma prévia das contribuições do Carter Center, que invejam uma missão técnica a fim de observar o processo e segundo a qual “não há evidências de hacking” no sistema eleitoral, conforme denunciado pela CNE.

Em vez disso, o centro “analisou os números disponíveis junto com outras organizações e universidades e confirmou González como vencedor”, disseram os ex-presidentes, além de lembrarem que um relatório da OEA já havia chegado à mesma conclusão.

Os ex-chefes de Estado acrescentaram que, neste momento, a comunidade internacional tem uma “obrigação legal” de defender “o princípio da segurança democrática”.

Conteúdo editado por: Fábio Galão



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