Um homem chora dentro de uma escola usada como abrigo temporário para palestinos deslocados na Cidade de Gaza, após ter sido atingida por um ataque israelense em 10 de agosto de 2024, que matou mais de 90 pessoas, enquanto o conflito entre Israel e o movimento Hamas continua.
Omar Al-Qattaa | Afp | Getty Images
Mais de 100 palestinos foram mortos e dezenas ficaram feridos em um ataque israelense a uma escola em Gaza que abrigava pessoas deslocadas, informou o governo de Gaza, comandado pelo Hamas, no sábado. Segundo o exército israelense, o ataque aéreo teve como alvo um centro de comando do Hamas.
Os ataques aconteceram quando as pessoas abrigadas na escola estavam realizando orações de madrugada, levando a muitas vítimas, disse o escritório de mídia do Hamas em um comunicado. Os médicos ainda não conseguiram chegar a todos os corpos, disse.
Não houve informações imediatas das autoridades de saúde de Gaza.
O exército israelense disse em um comunicado que sua força aérea teve como alvo um centro de comando e controle onde comandantes e agentes do Hamas estavam escondidos.
Os militares disseram que tomaram medidas para reduzir o risco de ferir civis, “incluindo o uso de munições precisas, vigilância aérea e informações de inteligência”. Não comentaram imediatamente sobre os relatos de vítimas de Gaza.
Israel lançou seu ataque a Gaza, com o objetivo de exterminar o Hamas depois que os combatentes do grupo islâmico invadiram o sul de Israel em 7 de outubro, matando 1.200 pessoas, a maioria civis, e capturando mais de 250 reféns, de acordo com contagens israelenses.
Desde então, quase 40.000 palestinos foram mortos na ofensiva israelense em Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde palestino, que não faz distinção entre combatentes e civis.
Autoridades de saúde dizem que a maioria das fatalidades são civis. Israel, que perdeu 329 em Gaza, diz que pelo menos um terço das fatalidades palestinas são combatentes.
Os Estados Unidos, Egito e Qatar estão tentando reavivar as negociações de cessar-fogo em Gaza, agendando uma nova rodada de negociações para quinta-feira, à medida que crescem os temores de um conflito mais amplo, envolvendo o Irã e seu aliado libanês Hezbollah. Teerã também apoia o Hamas.