sábado, setembro 21, 2024
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México suspende conversas com Lula e Petro sobre Venezuela


López Obrador diz que não pretende falar novamente com Lula e Petro sobre fraude eleitoral na Venezuela até que o Judiciário do país decida sobre as atas e os resultados
López Obrador diz que não pretende falar novamente com Lula e Petro sobre fraude eleitoral na Venezuela até que o Judiciário do país decida sobre as atas e os resultados| Foto: EFE/Presidência do México

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, anunciou nesta terça-feira (13) que suspendeu o diálogo com seus homólogos do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Colômbia, Gustavo Petro, sobre a crise pós-eleitoral na Venezuela.

Em coletiva de imprensa na Cidade do México, Obrador foi questionado se conversaria novamente com Petro e Lula sobre a questão venezuelana e descartou por agora essa hipótese.

“Agora não, agora não, porque vamos esperar a decisão do tribunal eleitoral, porque ainda está em tramitação. Acho que na sexta-feira desta semana vão decidir sobre as atas e os resultados, então, vamos esperar”, disse o mandatário mexicano.

Os três presidentes de esquerda vieram cobrando que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela divulgou as atas de votação da eleição presidencial de 28 de julho.

O órgão eleitoral, dominado pelo chavismo, alegou que o ditador Nicolás Maduro venceu a eleição presidencial, mas não apresentou as atas que comprovariam isso.

A oposição disponibilizou num site científico de mais de 80% das atas, que atestam que o seu candidato, Edmundo González, venceu a eleição.

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela vai revisar o resultado, mas não se espera uma decisão imparcial, porque a corte também é controlada pela ditadura de Maduro.

Obrador, Lula e Petro foram criticados pela ONG Human Rights Watch pela sua postura de que a divulgação das atas eleitorais pela CNE seria uma solução para uma crise.

Tamara Taraciuk Broner, diretora interina da HRW, disse que os três presidentes devem parar de usar “eufemismos” sobre a Venezuela e falar com claro que Maduro “roubou” a eleição presidencial.



GAZETA

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