domingo, outubro 6, 2024
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Moraes rejeita depoimento de Valdemar sobre críticas ao STF



O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, rejeitou o depoimento por escrito do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, sobre denúncias feitas por ele à Justiça dos Estados Unidos contra perseguição política do STF.

Por conta das denúncias, Valdemar teve que prestar depoimento à PF a mando de Moraes na semana passada.

A defesa de Valdemar entregou um documento à PF com a explicação sobre as declarações do presidente do PL.

Como a determinação de Moraes foi para que Valdemar fosse ouvido no inquérito da operação Tempus Veritatisa estratégia do presidente do PL foi interpretada como silêncio.

Para Moraes, o depoimento por escrito não foi válido, pois não cumpriu a determinação. O ministro ordenou que a explicação entregue pela defesa de Valdemar fosse retirada dos automóveis.

“Não compete ao investigado definir a forma como deve depor, se por escrito ou presencialmente”, diz um trecho da decisão de Moraes.

Valdemar foi intimado após declarações à revista Veja

Tudo começou quando Valdemar justificou sua ausência em uma audiência da justiça americana com o fato de estar com a passaporte apreendido a mando de Moraes, no âmbito da operação Tempus Veritatis.

Nos EUA, Valdemar faz parte de um processo que moveu contra sua ex-esposa, Maria Christina Mendes Caldeira, por difamação.

De acordo com uma reportagem da revista Vejapublicada no dia 27 de julho de 2024, as críticas de Valdemar ao STF constam no processo dele contra a ex-esposa.

À revista, Valdemar disse que seu partido, o PL, é perseguido pelo STF e por um ministro da Corte.

Apesar de Valdemar não ter citado nomes, o ministro Alexandre de Moraes entendeu que o presidente do PL atribuiu “condutas inverídicas” a membros da Suprema Corte e delegados da Polícia Federal.

No despacho contra Valdemar, que tem a reportagem da Veja como base, Moraes citou um trecho da declaração do presidente do PL com críticas à operação da PF que foi encontrada em sua prisão em fevereiro deste ano.

Valdemar foi preso por porte ilegal de arma durante as investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.



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