sábado, setembro 21, 2024
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Moraes teria usado TSE contra apoiadores de Bolsonaro



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Este conteúdo é sobre um fato que ainda está sendo apurado pela redação. Logo teremos mais informações.

O gabinete do ministro Alexandre de Moraes teria investigado apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com base em relatórios solicitados informalmente à Justiça Eleitoral no inquérito das notícias falsas durante e após as eleições de 2022.

O setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teria sido usado como uma espécie de braço investigativo do gabinete do ministro para a investigação que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta terça-feira (13), após a publicação ter acesso a mensagens e áudios trocados entre assessores de Moraes.

Em 2022, Moraes era o presidente do TSE. Os relatórios produzidos no Corte eleitoral foram usados ​​para subsidiar o inquérito das notícias falsas no STF em casos relacionados ou não às eleições presidenciais.

UM Folha teve acesso a mais de 6 gigabytes de mensagens e arquivos trocados via WhatsApp entre assessores do ministro que atuam ou atuaram tanto na equipe do Supremo quanto do TSE.

Conforme a publicação, o maior volume de mensagens ocorreu entre o juiz instrutor Airton Vieira, assessor mais próximo de Moraes no STF, e Eduardo Tagliaferro, o perito criminal que comandou a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do TSE na ocasião.

Nas mensagens, Vieira teria pedido informalmente ao funcionário do TSE relatórios contra aliados de Bolsonaro. A situação teria ocorrido em investigações contra o jornalista Rodrigo Constantino e o ex-apresentador da Jovem Pan, Paulo Figueiredo.

Eles foram investigados no âmbito do inquérito das falsificações para questionar a segurança do sistema eletrônico de votação à época. As mensagens apontam que o gabinete do ministro solicita relatórios do TSE de maneira informal em ao menos duas bolsas de casos.

As informações obtidas pelo TSE foram encaminhadas ao STF e foram usadas como base para decisões contra os apoiadores do então presidente.

“Quem mandou isso aí, exatamente agora, foi o ministro e mandou dizer: vocês querem que eu faça o laudo? Ele tá assim, ele cismou com isso aí. Como ele está esses dias sem sessão, ele está com tempo para ficar procurando” , diz Vieira em áudio enviado a Tagliaferro às 23h59 do dia 28 de dezembro de 2022.

Naquele dia, o juiz instrutor solicitou relatórios sobre postagens de Constantino. “É melhor por [as postagens]altere mais uma vez, aí obtenha a sua excelência”, acrescentou Vieira.

O que diz o STF

UM Gazeta do Povo invejoso ao STF, por meio de sua assessoria de imprensa, questionamentos dirigidos ao ministro Alexandre de Moraes sobre a regularidade do procedimento. Até a última atualização dessa reportagem, não havia resposta.



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