domingo, outubro 6, 2024
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Deputado quer enviar emendas apenas para estado de origem


Presidente da Comissão Mista do Orçamento (CMO), Julio Arcoverde (PP – PI).
Presidente da Comissão Mista do Orçamento (CMO), Julio Arcoverde (PP – PI).| Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

O presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Júlio Arcoverde (PP-PI), pretende criar uma regra para proibir que congressistas destinem emendas a Estados que não sejam de origem deles. Uma sugestão para o texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 foi apresentada à Consultoria de Orçamento da Câmara.

Em nota à imprensa, Arcoverde informou que a alteração atende a um pedido feito pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente da sigla do deputado. O texto deverá ser analisado pela comissão.

Ao sugerir a mudança na LDO, Arcoverde tenta amenizar a tensão entre o Legislativo e o Supremo Tribunal Federal (STF), após a suspensão das emendas que exigem mais transparência no repasse dos recursos.

Nesta terça-feira (20), o governo e o Congresso selaram um acordo com o STF para retomar o pagamento das emendas parlamentares. Junto com os ministros da Corte, os presidentes da Câmara e do Senado concordaram em aumentar a transparência sobre o destino e a especificamente essas palavras, que são liberadas pelo Executivo a partir da indicação dos deputados e senadores dentro do Orçamento da União.

“Fico bastante feliz com o resultado dessa reunião, onde houve um entendimento comum a favor do Brasil. Prevaleceu o respeito e a independência entre os três Poderes, mas acima de tudo, foi possível um diálogo franco em favor do povo brasileiro”, declarou o presidente da CMO.

Apesar de defender o destino das emendas apenas para o estado próprio de cada congressista, Arcoverde sugeriu uma ressalva para “situações emergenciais”. Ele citou como exemplo o caso da tragédia causada pelas chuvas no Rio Grande do Sul em 2024.

Em apenas três dias, foram pagos R$ 539.136.180,00 em recursos destinados a deputados, senadores e pela bancada gaúcha.

“Devemos garantir que as emendas respeitem os interesses locais, mas também que haja flexibilidade para situações emergenciais”, declarou o deputado.



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