pwc em Xangai, China, 12 de agosto de 2024.
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Os reguladores chineses provavelmente determinarão a suspensão dos negócios de grande parte da unidade de auditoria da PricewaterhouseCoopers na China continental por seis meses, como parte da punição por seu trabalho na problemática construtora Evergrande, disseram cinco fontes.
A proibição de negócios deve ser imposta à PwC Zhong Tian LLP, a entidade contábil registrada e o principal braço onshore da PwC na China, disseram as fontes, que têm conhecimento do assunto, mas não quiseram ser identificadas porque a informação era privada.
A proibição de seis meses deve se concentrar nos negócios relacionados a valores mobiliários da PwC Zhong Tian — o que afetaria o trabalho da empresa para clientes como empresas listadas, empresas prestes a abrir capital e fundos de investimento na China continental, disseram as fontes.
Ela será acompanhada por uma multa que deve ser de pelo menos 400 milhões de yuans (US$ 56 milhões), disseram três das pessoas. Combinada com a suspensão dos negócios, seria a penalidade mais dura já recebida por uma empresa de contabilidade Big Four na China, acrescentaram as três pessoas.
As penalidades da PwC, que estão sendo tratadas principalmente pelo Ministério das Finanças da China (MOF), o principal regulador de empresas de contabilidade no país, ainda não foram finalizadas, disse uma das fontes.
“Como se trata de uma questão regulatória em andamento, não seria apropriado comentar”, disse um porta-voz da PwC em comunicado.
O MOF não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários.
A PwC está sob escrutínio regulatório por seu papel na auditoria do China Evergrande Group <3333.HK> desde que a problemática construtora foi acusada em março de uma fraude de US$ 78 bilhões. A PwC auditou a Evergrande por quase 14 anos até o início de 2023.
Espera-se que os reguladores chineses anunciem as penalidades da PwC nas próximas semanas, disseram três das pessoas.
O Financial Times noticiou pela primeira vez na quinta-feira que a PwC China esperava uma proibição de negócios de seis meses pelas autoridades chinesas já em setembro.
A Bloomberg informou em maio que a empresa enfrenta uma multa recorde de pelo menos 1 bilhão de yuans (US$ 140 milhões).
As iminentes penalidades da PwC levaram a um êxodo de clientes e provocaram cortes de custos e demissões na empresa nos últimos meses, disseram fontes, prejudicando as perspectivas da empresa na segunda maior economia do mundo.
Como parte das penalidades, a PwC seria impedida de assinar certos documentos importantes para clientes na China continental, como resultados e pedidos de IPO, bem como de realizar outros serviços relacionados a valores mobiliários, disseram as fontes.
A suspensão dos negócios também pode afetar a PwC Zhong Tian, como um todo, impedindo-a de assumir novos clientes estatais ou listados nos próximos três anos, de acordo com as regulamentações chinesas.
No ano passado, reguladores nacionais reiteraram que empresas estatais e empresas listadas deveriam ser “extremamente cautelosas” ao contratar auditores que tenham recebido multas regulatórias ou outras penalidades nos últimos três anos.
Em março do ano passado, a filial da Deloitte em Pequim foi multada em 211,9 milhões de yuans pelas autoridades chinesas e as operações da filial foram suspensas por três meses após sérias deficiências terem sido encontradas na auditoria da China Huarong Asset Management.