domingo, outubro 6, 2024
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Oposição quer CPI para apurar favorecimento de Lula ao PT



O deputado federal Luciano Zucco (PL-RS) busca assinaturas para a instalação de uma CPI destinada a investigar o direcionamento de recursos do orçamento pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para seis prefeituras aliadas. A informação foi divulgada pelo portal UOL e confirmado pela Gazeta do Povo.

“Acabamos de protocolar. Vamos aguardar a próxima reunião da bancada do PL para intensificar a coleta de assinaturas”, disse Zucco.

Para o pedido ser apresentado oficialmente são possíveis 171 assinaturas. Posteriormente, cabe ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), determinar a instalação.

Segundo o parlamentar, o pedido é com base em reportagens do UOL que revelaram uma rede de favorecimento operada dentro do gabinete do presidente para beneficiários das cidades de Araraquara, Diadema, Mauá e Hortolândia, em São Paulo, e Belford Roxo e Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Os três primeiros são administrados pelo PT, e os demais por aliados.

Sem exigência de criação da CPI, o deputado questiona o fato das prefeituras “serem aliadas ao partido do Presidente da República”. “Fica o questionamento: eficiência ou privilégio?”, pergunta.

Após as revelações do favorecimento, a Secretaria de Comunicação (Secom) do presidente Lula informou ao UOL que os atendimentos às demandas levadas por prefeitos “seguem critérios objetivos e que os recursos são liberados pelos ministérios de forma documentada”.

De acordo com os documentos divulgados pelo portal, essas cidades “receberam R$ 1,4 bilhão em processos sem análise da área técnica, com pedidos de urgência sem justificativa e, em alguns casos, sem sequer solicitarem os valores”. O repasse dos recursos foi feito após encontro com o presidente, o que demonstra “possível favorecimento”.

“Araraquara e Diadema, por exemplo, receberam mais recursos de verba próprios do Ministério da Saúde do que 13 capitais, entre elas, Belo Horizonte, Porto Alegre e Maceió”, diz o jornal.

Ao explicar a criação da CPI, Zucco cita que “essa prática pode configurar abuso de poder político e econômico, além de possível improbidade administrativa, uma vez que os recursos públicos não podem ser usados ​​como moeda de troca política ou para interferir na livre escolha dos participantes.”

O parlamentar explica que “a CPI permitirá apurar a existência de um possível esquema de favorecimento político através da distribuição de verbas, identificar os responsáveis ​​e, se comprovadas como irregularidades, recomendar as avaliações cabíveis, tanto na esfera judicial quanto no âmbito do próprio Parlamento. “

“Essa investigação é essencial para garantir que a aplicação dos recursos públicos seja realizada de maneira transparente, equitativa e dentro dos princípios republicanos, garantindo a lisura do processo eleitoral e a confiança dos cidadãos no sistema democrático”, concluiu.



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