O ex-primeiro-ministro da Malásia, Muhyiddin Yassin, chega a uma cerimônia de oração em Kuala Lumpur, Malásia, em 9 de março de 2023.
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A Malásia acusou o líder da oposição e ex-primeiro-ministro Muhyiddin Yassin de sedição por supostamente insultar o antigo rei do país, disse seu advogado na terça-feira.
Muhyiddin, que liderou a Malásia por 17 meses entre 2020 e 2021, foi acusado em um tribunal no estado de Kelantan, no nordeste, de sedição por comentários feitos em um discurso político neste mês. Ele se declarou inocente, disse seu advogado.
A Malásia pratica uma forma única de monarquia, onde os nove sultões do país se revezam para ser rei a cada cinco anos. A monarquia desempenha um papel amplamente cerimonial e é mantida em profundo respeito.
Comentários negativos sobre a realeza podem ser processados sob uma Lei de Sedição da era colonial.
Em um discurso político em 15 de agosto, Muhyiddin teria questionado a credibilidade do ex-rei Al-Sultan Abdullah Ahmad Shah após as eleições gerais da Malásia em 2022, que resultaram em um parlamento sem maioria, de acordo com relatos da mídia local.
No discurso, Muhyiddin disse, de acordo com os relatos, que havia garantido o apoio de legisladores suficientes para formar um governo após a eleição, mas questionou por que Al-Sultan Abdullah não o havia convidado para tomar posse como primeiro-ministro do país, segundo os relatos.
Al-Sultan Abdullah nomeou Anwar Ibrahim primeiro-ministro em novembro de 2022. O reinado de cinco anos de Al-Sultan Abdullah como rei terminou em janeiro.
Al-Sultan Abdullah não fez nenhum comentário público sobre os comentários relatados por Muhyiddin e seu gabinete não pôde ser contatado imediatamente para comentar.
Muhyiddin, que lidera o bloco de oposição conservador e centrado na Malásia, pode pegar até três anos de prisão e uma pena máxima de 5.000 ringgits (US$ 1.148) se for considerado culpado, disse seu advogado.
Ele também foi acusado de corrupção e lavagem de dinheiro em um caso separado aberto contra ele no ano passado — acusações que ele considerou politicamente motivadas.
O governo de Anwar negou ter como alvo rivais políticos, dizendo que as acusações eram parte de um esforço para combater a corrupção de alto nível.