sábado, outubro 5, 2024
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Conselho de Ética adia abertura de processo contra Glauber Braga



O deputado federal Glauber Braga (PSOL-SP) poderá responder a um processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. A votação do parecer pela admissibilidade do processo estava prevista, nesta quarta-feira (28), mas foi adiada após um pedido de vista.

O relator do processo, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), decidiu acatar o pedido do Novo contra o deputado do PSOL por agressão a um militante do Movimento Brasil Livre (MBL).

Na representação, o novo político alega que Braga infringiu o decoro parlamentar por agredir e expulsar as dependências da Câmara o ativista Gabriel Costenaro do MBL, e por tentar agredir o deputado Kim Kataguiri (União-SP), que defendeu o militante. O caso aconteceu em abril.

No vídeo que circula pelas redes sociais, o parlamentar aparece acusando Costenaro de ter agredido a mãe de um militante do PSOL e o empurrando para fora do prédio. Durante a confusão, é possível ouvir gritos de “fora, MBL”.

Já do lado de fora, o deputado continuou chutando e perseguindo Costenaro com o aparente objetivo de impedir seu retorno ao prédio. Durante as agressões, os aliados de Braga tentaram segurá-lo, porém, sem sucesso. Costenaro não reagiu às agressões.

Falta de respeito

Ao aceitar a abertura do processo, o relator afirmou que as condutas descritas na representação do Novo são passíveis de proteção pelo Código de Ética e Decoro Parlamentar, devendo ser apuradas. Um dos dispositivos do código determina que os parlamentares devem tratar com respeito os colegas, servidores e cidadãos que visitam a Casa.

“A imunidade material não autoriza o parlamentar a proferir palavras a respeito de qualquer coisa e de qualquer um, tampouco a praticar quaisquer atos em dissonância com a dignidade desse Parlamento”, disse Magalhães em seu voto.

Sem vícios

Em própria defesa, o deputado Glauber Braga diz que não se arrependeu de nada e criticou a decisão do relator de continuidade ao processo. Segundo ele, trata-se de interesse em casá-lo, incluindo o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL). A fala de Braga gerou acontecimento do relator e do presidente do Conselho de Ética, deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA).

“A minha defesa vai ser indicar que existe uma armação para a minha cassação”, disse Braga. Ele afirmou ainda que não se arrepende da agressão ao membro do MBL. “O MBL é uma organização criminosa”, afirmou.

O parecer preliminar deverá ser apresentado em votação na próxima reunião do Conselho de Ética, em data a ser marcada.



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