sábado, outubro 5, 2024
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Como instalar o VPN se o X para suspenso no Brasil



A possibilidade de suspensão do X no Brasil após intimação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que o empresário Elon Musk tenha um representante legal no país manifestou o temor de que a plataforma fique completamente inacessível aos usuários brasileiros .

No entanto, os usuários da rede social já se movimentaram em meios alternativos para continuarem usando o X mesmo se a plataforma para suspensão. Um deles é o uso de um serviço conhecido como VPN, que conecta o computador ou aparelho celular do usuário a um provedor fora do país em uma espécie de rede à parte.

“Quando o usuário acessa um site, o dispositivo envia um pacote com dados para a rede. Com o X bloqueado no Brasil, ela veria que o endereço do remetente é do Brasil e negaria. O que a VPN faz é trocar esses dados do remetente”, explica o especialista em TI, Victor Hausen, à Gazeta do Povo.

De acordo com ele, a VPN cria uma “rede privada virtual” entre o usuário e uma empresa localizada fora do país, que oferece o serviço de conexão. Essa ferramenta permite navegar na internet de forma anônima, protegendo a privacidade e permitindo acesso a conteúdos que podem ser indisponíveis no país – como o X, se a suspensão for confirmada.

Hausen explica que o VPN permite acessar conteúdos bloqueados regionalmente, como certas redes sociais, sites de notícias e serviços de transmissão. Há diversas opções tanto gratuitas – com uma velocidade mais limitada – como pagas, normalmente mais rápidas e benéficas.

“Uma VPN criptografa todo o tráfego entre seu dispositivo e a internet, protegendo seus dados contra a interceptação. É uma das maneiras mais eficazes de se proteger em redes públicas”, completa Yago Morgan, especialista em segurança digital.

No entanto, as opções gratuitas, embora limitadas, ainda assim são úteis para acessos ocasionais. Algumas das VPNs mais populares e seguras incluem NordVPN, ExpressVPN e CyberGhost, disponíveis tanto para acesso em computadores e notebooks como smartphones (App Store e Google Play Store).

Após baixar o programa de VPN, basta seguir as instruções para a instalação e criar uma conta para utilizar o serviço. Após isso, a ferramenta apresentará uma relação de servidores localizados em outro país.

Por exemplo, se um site – como o X – estiver bloqueado no Brasil, basta selecionar um servidor nos Estados Unidos ou em outro país onde o acesso é permitido. Feito essa escolha, basta clicar em “Conectar”. A partir daí, a conexão será redirecionada através desse servidor, permitindo que o usuário acesse o site bloqueado.

Embora o uso de VPN seja permitido no Brasil, o acesso a determinados sites bloqueados ou conteúdos restritos pode infringir leis locais, como, por exemplo, pornografia infantil ou estelionato. No caso do X, Victor Hausen não vê a possibilidade de uma grande consequência pelo acesso.

Entendido o caso

Na noite desta quarta (28) Moraes intimou Musk através de uma postagem na conta do STF no X determinando a indicação de um novo representante legal da empresa no Brasil. Ele ainda deu um prazo de 24 horas para o cumprimento da decisão, sob a ameaça de suspender a rede social no país.

O perfil do empresário e do Global Government Affairs da rede social foram marcados no “mandado de intimação”. Em nota, a Corte informou que a defesa da plataforma também foi intimada a apresentar as informações.

Moraes tentou que Musk fizesse “a indicação, em 24 horas, do nome e qualificação do novo representante legal da X Brasil, em território nacional, comprovadamente comprovadas junto à Jucesp [Junta Comercial do Estado de São Paulo]”.

O ministro afirmou que, em caso de descumprimento do prazo estipulado, o X pode ser suspenso “até que as ordens judiciais sejam efetivamente cumpridas e as multas diárias quitadas”.

A plataforma foi multada por não romper perfis de investigação pelo Supremo. Após o descumprimento, Moraes aumentou a multa diária imposta de X de R$ 50 mil para R$ 200 mil. Musk é investigado no inquérito 4957, que apura supostos crimes de interferência à Justiça, organização criminosa e incitação ao crime.



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