quarta-feira, outubro 9, 2024
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Delegado ligado a Moraes é nomeado corregedor da Abin



O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou a nomeação do policial federal José Fernando Moraes Chuy para o cargo do Corregedor-Geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A indicação foi oficializada pelo Ministério da Justiça no Diário Oficial da União (DOU) nesta segunda-feira (2).

Chuy é o próximo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele atuou na Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando Moraes ocupava a presidência da Corte.

O delegado não combateu as notícias falsas divulgadas contra o processo eleitoral, até junho de 2024, quando Cármen Lúcia assumiu a presidência do STF.

No final de julho, os servidores da Abin manifestaram indignação após uma indicação possível de Chuy para a carga. Em nota, a União dos Profissionais de Inteligência de Estado da ABIN (Intelis) disse que a confirmação do novo corregedor demonstra “um sinal inequívoco de desprestígio aos servidores da ABIN por parte de sua Direção-Geral, uma vez que a agência possui em seus quadros servidores aptos a ocupar a função”.

“Trata-se de um claro conflito de interesses, uma vez que o indicado é policial federal e oficial da reserva do Exército, e a 4ª fase da Operação Última Milha aponta policiais federais e um militar como figuras chave do esquema”, explicou a Intelis.

Quem é José Fernando Moraes Chuy

O delegado Chuy foi indicado para assumir o posto de Lidiane Souza dos Santos, que encontrou no cargo até o dia 31 de agosto.

Ao assumir a carga, o delegado será responsável pelas apurações que envolvem os alvos da Operação Última Milha, que mira o funcionamento da “Abin paralelamente”.

A Operação, orquestrada pela Polícia Federal, aponta que membros dos Três Poderes da República e jornalistas foram espionados pela Abin durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), e que o órgão foi usado para proteger os filhos do ex-presidente nas investigações.

A investigação apura, desde outubro do ano passado, um suposto esquema de espionagem ilegal de pessoas públicas que eram consideradas opositoras a Bolsonaro, no período em que a agência era dirigida por Alexandre Ramagem (PL-RJ), então diretor-geral e agora deputado pré-candidato federal à prefeitura do Rio de Janeiro.



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