quarta-feira, outubro 9, 2024
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Reino Unido suspende algumas licenças de exportação de armas para Israel


Ministro das Relações Exteriores britânico David Lammy

Ian Forsyth | Notícias da Getty Images | Getty Images

LONDRES — O ministro das Relações Exteriores britânico, David Lammy, disse na segunda-feira que o país suspenderia imediatamente algumas licenças de exportação de armas para Israel por temer que elas pudessem ser usadas de uma forma que violaria o direito internacional.

Lammy disse que 30 das cerca de 350 licenças do Reino Unido para exportar armas para Israel serão suspensas.

“Esta não é uma proibição geral. Isto não é um embargo de armas”, disse Lammy ao se dirigir aos legisladores na Câmara dos Comuns.

Lammy disse que uma revisão descobriu que havia um “risco claro” de que algumas licenças de exportação “pudessem ser usadas para cometer ou facilitar violações graves do direito internacional humanitário”.

As licenças de exportação suspensas envolviam apenas aquelas que poderiam ser usadas no conflito entre Israel e o grupo militante palestino Hamas em Gaza, disse Lammy.

“Deixe-me sair desta casa sem dúvidas: o Reino Unido continua apoiando o direito de Israel à autodefesa, de acordo com o direito internacional”, disse Lammy.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da CNBC na segunda-feira.

A decisão ocorre em um momento em que os protestos continuam em Israel, com manifestações ocorrendo em uma tentativa de forçar o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a garantir um acordo de reféns com o Hamas.

Grandes multidões se reuniram nas principais cidades israelenses no domingo, com mais de 300.000 pessoas reunidas para protestar em Tel Aviv, de acordo com uma atualização traduzida pelo Google do Hostage Families Forum, que organizou alguns dos protestos.

A atual guerra entre Israel e o Hamas deixou Israel cada vez mais isolado da comunidade internacional que pede um cessar-fogo em meio a preocupações com a resposta militar do país no enclave de Gaza e os danos aos civis palestinos.

— Ruxandra Iordache, da CNBC, contribuiu para esta reportagem.



CNBC

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